Google+








.

Empresários apostam nas águas do São Francisco

A possibilidade de faltar água para irrigação em 2015 não está descartada, mas empresários e representantes do setor agrícola acreditam na chegada das águas do Rio São Francisco para reduzir o prejuízo.

A ameaça de que possa faltar água para irrigação nos perímetros irrigados, no próximo ano, é rebatida com a crença de que as águas do projeto de transposição do Rio São Francisco chegarão ao Ceará em 2015. Empresários, representantes de entidades ligadas ao setor agrícola e autoridades apostam nisso, mas também apontam outras alternativas como irrigar por gotejamento, criar um seguro seca voltado para as atividades econômicas e outras obras para evitar a paralisação total e os prejuízos. A decisão de priorizar o abastecimento para o consumo humano e animal, como já informou a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), tem a concordância de todos.
O presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Carlos Prado, diz que a insegurança em relação à falta d’água para irrigar só não é maior porque uma visita aos canteiros de obra do projeto de transposição mostra que os trabalhos estão avançados. São cerca de 11 mil homens e quatro mil máquinas trabalhando.
“Isso (a água do São Francisco) é que vai nos trazer a segurança que falta hoje. Vimos que a água deve chegar no próximo ano”, afirma Prado, acrescentando a necessidade de adotar outras medidas, como o investimento na construção de barragens nas bacias livres, que hoje despejam água no mar.
Prado diz que as águas da transposição serão levadas para os perímetros ao longo do Vale do Jaguaribe e do Cinturão das águas. Mas os projetos do Curu-Paraipaba, que já estão sofrendo fortes restrições, serão prejudicados se não houver recarga d’água por chuva. 

Seguro Seca

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Saboya, já defende há anos a criação do seguro seca, a exemplo de outros países, como os Estados Unidos. “Teria que ser um seguro profissionalizado, comercial, voltado para as atividades econômicas”, comenta, ressaltando que o dinheiro seria utilizado para pagar o salário dos empregados, os encargos e compromissos que os donos de pequenas, médias e grandes propriedades têm. O dinheiro do seguro viria de uma negociação entre o governo federal e grandes seguradoras, com a participação dos proprietários. “Já levei essa proposta às lideranças políticas, aos ministros da Agricultura”, conta.
O empresário e presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel Olinda, também acredita que as águas do São Francisco cheguem ao Ceará até setembro de 2015 e evitem o colapso da irrigação. Mas se não for possível, acha que as grandes empresas vão adotar medidas. Uma delas é não plantar culturas de plantio temporário, como melão, melancia e banana.
Euvaldo Bringel acrescenta que vai levar a discussão para a próxima Frutal, que deverá ser aberta com palestra do ministro da Integração Nacional, engenheiro civil Francisco José Teixeira, no dia 23 de setembro. “Vamos debater com o ministro e especialistas qual a água (recurso hídrico) que teremos para produzir nos próximos 20 anos”, afirma.


Fonte: O Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ShareThis

Translate/Traduzir/Traducir/ترجم/翻譯/Übersetzen/Traduire/नुवाद करना/Tradurre/переводить/לתרגם

Últimas postagens

Postagens populares