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Projeto de Irrigação São João é fortalecido com mais um produtor de frutas

Segundo Ribeiro, a empresa deve empregar diretamente 25 funcionários e iniciar o cultivo de banana prata a partir de outubro, em uma área de 25 hectares.

O Projeto de Irrigação São João, localizado em Porto Nacional, está se destacando na produção de frutas na região Central do Estado e agora contará com mais um grande produtor para fortalecer este processo. Nesta quinta-feira, dia 29, a Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) recebeu a visita do empresário Marcos Ribeiro Ferreira, que atua em Minas Gerais no ramo da fruticultura e agora irá atuar no São João. Ribeiro foi recepcionado pelo secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, no gabinete da pasta. 
Segundo Ribeiro, a empresa deve empregar diretamente 25 funcionários e iniciar o cultivo de banana prata a partir de outubro, em uma área de 25 hectares. “O Grupo Ribeiro Ferreira busca sempre atender o mercado mais exigente. Valorizamos os nossos funcionários, investimos em tecnologias e fazemos de tudo para estar dentro das conformidades para ter certificação da Global Gap, Carreffour e Pão de Açúcar. Se a gente pode atender a estes grupos, temos qualidade para atender qualquer um”, explicou o empresário.
O secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, elogiou a empresa pelo perfil que foi apresentado. “A gente sente confiança de que é uma empresa com muita capacidade para ser bem sucedida investindo em fruticultura no Tocantins”, afirmou, acrescentando ainda que, assim como outros investidores, a empresa receberá apoio institucional da Seagro para reunião com agentes financeiros, melhoria de estradas, garantia de fornecimento de água, entre outras questões que possibilitem o melhor desenvolvimento da produção no Estado.


Fonte: Surgiu.com

Melhorias no Gorutuba permitirão aumento da área irrigada e geração de empregos

Será assinada nesta sexta-feira (30) pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a ordem de serviço para início das obras da reforma estrutural do perímetro de irrigação Gorutuba, que vão permitir a transformação do sistema de condução de água de canais abertos para o sistema de tubulação.
A solenidade de assinatura será às 10h, no auditório da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas, em Janaúba (MG). Os recursos de R$ 95 mil necessários para implantação de 121.060 metros de tubulação já estão garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no âmbito das ações do programa Mais Irrigação, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI).
Nesta primeira fase, serão implantados 56.426 metros de tubulação, com investimentos de aproximadamente R$57 mil. O início das obras será na próxima semana.
De acordo com técnicos da Codevasf, o projeto prevê a substituição de parte do canal principal e toda a rede de canais secundários, terciários, quaternários e quinternários por tubulação pressurizada gravitacional, aproveitando a carga hidráulica disponível no perímetro. Além das substituições, também serão implantados um sistema automatizado de controle e um sistema de medição parcelar de consumo de água e de monitoramento de água nas estruturas do canal e da adutora. Ao todo serão instalados mais de 121.060 quilômetros de adutora, variando de 200 a 1.300 milímetros.
Para o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Dimas Rodrigues – que acompanha o desenvolvimento da área irrigada, entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha, desde o início da implantação no final dos anos 70 –, os usuários do Gorutuba passarão a contar com significativa melhora na eficiência de condução e distribuição da água.
“Com a redução no consumo de água, será possível a expansão da área irrigada de 4.800 para 7.800 hectares, aumentando, assim, não só a produção, mas também a inclusão de mais de 4 mil empregos diretos e indiretos no perímetro irrigado. Outros fatores que beneficiarão os produtores do Gorutuba serão a reduções nos custos da manutenção da infraestrutura de uso comum e de uso coletivo e, ainda, as reduções do custo de energia elétrica parcelar”, assegura o superintendente.
O engenheiro agrônomo e chefe de gabinete da Codevasf em Minas, Fernando Britto, acredita que, com essas obras, a Codevasf solucionará definitivamente um dos maiores problema no sistema de distribuição de água do perímetro irrigado – que hoje, com mais de trinta anos em operação, apresenta sinais de desgaste, com abatimento de estruturas, escoamento lento de água e vazamentos. “Com as obras, em pouco tempo os problemas estarão sanados”, afirma.


Fonte: Codevasf

Agricultura irrigada e produção familiar são destaques na abertura da Fenagri 2014

As novidades da agricultura irrigada, a ampliação dos negócios do setor e a produção familiar de alimentos dão a tônica à 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri) que foi aberta na noite desta quarta-feira (28) e segue até o dia 31 de maio, sábado, no Centro de Convenções Nilo Coelho, em Petrolina (PE).
Bastante prestigiada, a abertura oficial da feira contou com a presença de empresários do setor e de diversas autoridades, a exemplo do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, que destacou a importância da agricultura irrigada para a promoção do desenvolvimento do semiárido.
O prefeito de Petrolina, Julio Lóssio, abriu oficialmente a feira ao lado do prefeito de Juazeiro (BA), Isaac Carvalho, que sediará a Fenagri em 2015. Elmo Vaz fez um breve histórico da chegada da irrigação ao polo Juazeiro-Petrolina pelas mãos da Codevasf, empresa pública federal que neste ano completa 40 anos. 
“O ex-deputado Manoel Novaes é considerado o grande patrono da Codevasf. Ele trouxe o que hoje a empresa realiza após conhecer o modelo na região do Tennessee, nos Estados Unidos, que tem características parecidas com as do semiárido nordestino. A história da Codevasf se confunde com a história do desenvolvimento de Petrolina e Juazeiro. A empresa é sem sombra de dúvida a grande propulsora, incentivadora e motivadora da irrigação no Nordeste”, afirmou o presidente.
Ele destacou ainda as parcerias importantes que vêm sendo feitas pela Codevasf ao implantar tecnologias para a expansão da irrigação, como a parceria com a Embrapa Semiárido para a introdução de novas culturas na região. “É a capacidade da Embrapa que vem desenvolvendo culturas nunca pensadas para o semiárido nordestino, como maçã, pera e cacau”, assinalou. Ainda segundo o presidente da Codevasf, outro grande desafio é ampliar a inserção do produtor familiar na agricultura irrigada.
“Não é a toa que a presidenta Dilma Rousseff lançou, na última segunda-feira, o Plano Safra 2014-2015, que está destinando cerca de R$ 25 bilhões para a agricultura familiar. E estamos aqui apoiando o segmento com quatro estandes, como o dos produtores do Pontal Sequeiro, a produção orgânica, os exemplos do perímetro Bebedouro e toda a produção do sistema de irrigação Itaparica que apoiamos em parceria com a Chesf”, acrescentou Elmo Vaz.

Crescimento da fruticultura

O presidente respondeu a dois pedidos de produtores da região do Salitre feitos durante o evento: um acesso para escoamento da produção na região do bairro Salitre, cuja ordem de serviço deverá ser dada já em meados de junho; e a inclusão da região do rio Salitre no eixo sul do projeto de Integração do São Francisco (PISF), cujos estudos estão a cargo da Codevasf.
O superintendente da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, João Bosco Lacerda de Alencar, destacou a participação da instituição no crescimento da produção irrigada com a fruticultura e o apoio que vem dando para o crescimento da pequena agricultura.
“A Fenagri deste ano demonstra crescimento, e a Codevasf é a grande incentivadora na produção de frutas no Vale, que a cada ano vem se superando. Hoje temos grande espaço para a agricultura familiar, que é um segmento que representa 28% do agronegócio no Brasil, e o governo já vem destinando um bom volume de investimentos para esse segmento”, ressaltou João Bosco.


Fonte: Codevasf

Avanços da irrigação no RS são apresentados ao Mapa

Potencial brasileiro para a irrigação é de 30 milhões de hectares.

A agricultura irrigada no estado do Rio Grande do Sul teve diversos avanços nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa), o estado conta atualmente com mais de um milhão de hectares irrigados. A região Sul do país está hoje em segundo lugar em área de agricultura irrigada, com 1,2 milhão de hectares, atrás apenas da região Sudeste (2,2 milhões de hectares irrigados).
Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul teve progressos em relação à política de agricultura irrigada. Durante a reunião da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação, do Ministério da Agricultura, o secretário executivo do Conselho Gestor de Irrigação (CGIR) do estado, Ricardo José Núncio, apresentou as melhorias e os desafios da irrigação no Rio Grande do Sul, a começar pela aprovação da Lei Estadual de Irrigação nº 14.328 de 2013. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (28), em Brasília.
A Lei sucedeu os trabalhos do Plano Diretor de Irrigação no Contexto dos Usos Múltiplos da Água no Rio Grande do Sul, que estabeleceu parâmetros, objetivos, diretrizes e instrumentos para a expansão da agricultura irrigada e trouxe a possibilidade do uso e reuso múltiplo da água, de maneira permanente, visando a conservação e a potencialização da produção.
A legislação estadual veio para instituir a Política Estadual de Irrigação do Rio Grande do Sul, o Plano Diretor de Irrigação no Contexto dos Usos Múltiplos da água, o Conselho Gestor da Política Estadual de Irrigação e o Fundo Estadual de Irrigação. A Lei foi baseada nas legislações nacionais sobre o assunto. Segundo Ricardo José Núncio, após a lei as linhas e estratégias de ação e o arranjo institucional ficaram mais alinhados, proporcionando uma expansão mais harmônica para a agricultura irrigada no estado. “Ainda temos desafios e adequações a fazer, mas já temos obtido progresso em relação ao tema”, disse.

Brasil

O Mapa tem trabalhado para que mais produtores possam aderir à agricultura irrigada. No último Plano Agrícola e Pecuário (PAP) Safra 2013/2014, os juros para as novas linhas de crédito foram reduzidos de 6,75% para 3,5% ao ano. A medida fez com que os financiamentos aumentassem, chegando a aproximadamente R$ 1 bilhão. “As taxas de juros mais baixas, a carência de até três anos para começar a pagar e ainda os prazos estendidos para quitar os empréstimos têm estimulado os produtores a inovar, aumentando a produção e preservando os recursos naturais”, explicou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.
Para este PAP 2014/2015, os benefícios continuam e apenas os juros tiveram aumento, passando de 3,5% para 4% ao ano. Atualmente, 96% da agricultura irrigada é de iniciativa privada, totalizando 6,2 milhões de hectares de área. O objetivo do Mapa é atingir, até 2030, pelo menos 14 milhões de hectares. De acordo com os estudos, o potencial brasileiro a ser alcançado com a agricultura irrigada é de 30 milhões de hectares.


Fonte: Ministério da Agricultura 

Escola usa água da chuva para irrigação da horta e limpeza


A cobertura da quadra de esportes do Colégio Estadual Amâncio Moro, em Corbélia, na região Oeste, virou um “telhado verde”. A escola implantou ao longo da cobertura um sistema de coleta de água da chuva usada para irrigação da horta em dias de escassez e também na limpeza da escola. O projeto resulta em uma economia de 20 mil litros de água tratada por mês e R$ 100,00 a menos na conta de água da escola. 
Uma tubulação com filtros foi montada na cobertura da quadra e toda a água da chuva é direcionada para uma caixa de 10 mil litros. A água armazenada é usada para irrigar alface, repolho, pimentão, berinjela, rúcula, almeirão, cenoura e outras hortaliças produzidas sem agrotóxicos. 
O diretor da escola e autor do projeto, Francisco Rossoni Neto, conta que a ideia da horta veio antes do sistema de captação da chuva. “Tínhamos um terreno enorme que estava vazio e então pensamos em ocupá-lo com uma horta, que hoje é uma fonte de recursos pedagógicos e de alimentação. Para economizar recursos ambientais e também dinheiro resolvemos instalar uma irrigação com água da chuva”, fala Neto. 
No terreno de 250 metros quadrados os alunos aprendem a preparar a terra, semear, plantar e colher os alimentos. As atividades na horta acontecem aos sábados e sempre com a supervisão do diretor. 
Atualmente, mais de 30 crianças das séries finais do ensino fundamental participam do projeto. Parte da produção é usada na merenda. “Eles se sentem mais participativos quando vão consumir a merenda e sabem que foram eles que produziram parte dos alimentos”, conta Neto.
O princípio de sustentabilidade financeira também é aplicado no projeto. Parte dos alimentos é vendida para a comunidade e os recursos são usados para comprar sementes e insumos para a horta. 

VARIEDADE 

As hortaliças também contribuem para variar o cardápio servido aos alunos. A cada dia um prato novo – saladas, guizado de chuchu e refogado de abóbora, doces e pães de abóbora são algumas das receitas preparada pela merendeira Mafalda Luíza de Macedo. “Nós inventamos uma coisa diferente todo dia para que eles criem o hábito de comer alimentos mais saudáveis e a horta ajuda muito”, conta Mafalda. 
O resultado é uma alimentação mais variada e saudável para os 1.400 estudantes da escola. O aluno Everson Fernandes Monteiro da Silva, 12 anos, do 6º ano, já aprendeu os benefícios de consumir alimentos livres de agrotóxicos. “Consumir alimentos mais saudáveis faz bem para a saúde e nos dá mais energia para o dia a dia”, diz. 

BIOESTUFA 

Outro projeto desenvolvido na escola é uma estufa de plantas para aulas práticas de Ciências e Biologia. Nela a escola mantém várias espécies vegetais para que os alunos vejam na prática o que aprendem nos livros. “Nosso objetivo é que eles tenham uma ferramenta de aprendizado com uma maneira mais prática e pedagógica”, explica a professora de Biologia Giovana Aparecida Fabres Matte. 
A ideia deu certo e incentivou alunos como Eduardo Grecco, 12 anos, do 7º ano, que passou a se interessar mais pela disciplina. “Aqui a aula é mais interessante e fica fácil para aprendermos porque estamos observamos com nossos próprios olhos o que a professora está explicando”, fala.


Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Queda e redenção de Irecê

A cidade baiana já foi uma das maiores produtoras de feijão do Brasil, mas os produtores quebraram. O plantio irrigado parece ser a saída.

Na praça Dr. Mario Dourado Sobrinho, no centro de Irecê (BA), a frase “nesta terra em se plantando, tudo dá” serve de boas-vindas aos viajantes que chegam pela rodovia BA-052. Ao final da praça, virando à esquerda, chega-se a outra com nome de Praça do Feijão. Ambas compõem o coração de Irecê e mostram que é a agricultura que sempre deu sustento à economia do município. Mas houve turbulências nas duas últimas décadas.
Nos anos 70, quando o plantio de feijão substituiu a pecuária como principal atividade da economia local, Irecê se transformou em grande fornecedor do produto para para as regiões Norte e Nordeste brasileiras. As chuvas regulares, o solo fértil e os volumosos subsídios do governo federal garantiam que mais de 5% da produção brasileira, plantados em 480 000 hectares de terra, viessem da região Irecê, que ganhou o apelido de Capital do Feijão.
Após a safra de 1992, quando foram colhidas 5 milhões de sacas, o município enfrentou uma crise. A pecuária e agricultura extensiva haviam alterado o o clima e o solo da região. As chuvas tornaram-se menos frequentes e a terra perdeu fertilidade. Além disso, o governo federal cortou subsídios e muitos pequenos agricultores não puderam pagar as contas. “Mais de 10.000 produtores se endividaram. A região de Irecê teve que se reinventar”, afirma Everaldo da Silva Dourado, presidente da cooperativa de agricultores locais, Copirece.
No período da crise, milhares de pessoas de Irecê e da região migraram para o Sudeste e outras cidades da Bahia. Para quem ficou, o comércio passou o principal gerador de empregos da cidade que antes era uma potência agrícola.
O primeiro passo da redenção da agricultura começou com a criação de poços para abastecer de água os agricultores locais. A novidade permitiu que a região se reinventasse com o plantio de tomate, cenoura, cebola e pinha, que exigem muito menos espaço (e água) do que o feijão. Hoje, essa produção se espalha por 12.000 hectares.
Mas a grande expectativa dos produtores locais é a implementação de do projeto Baixo do Irecê, o maior perímetro irrigado do Brasil, que vai transpor águas do São Francisco para terras locais. Mais de 15.000 hectares já estão irrigados, e o processo de seleção dos agricultores que participarão do projeto já começou. A previsão dos produtores é que as primeiras fazendas sejam beneficiadas ainda em 2014. Com a água em larga escala, Irecê quer seguir o exemplo de uma cidade pernambucana que entrou no roteiro da Expedição VEJA graças à produção de frutas de qualidade: “Irecê ainda será a Petrolina baiana”, diz Dourado.


Fonte: Veja

Fenagri 2014 tem expectativa de movimentar R$ 16 milhões

Evento foi aberto na noite desta quarta-feira (28) em Petrolina, PE. Solenidade contou com a presença de várias autoridades e instituições.


Na noite desta quarta-feira (28) aconteceu a solenidade de lançamento da 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri 2014). Neste ano, o evento está sendo realizado pela Prefeitura de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano que sedia o evento, pelo Sindicato Rural e Câmara de Fruticultura do município.
Participaram da solenidade os prefeitos de Petrolina, Julio Lossio, e de Juazeiro, Issac Carvalho, representantes da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), da Embrapa Semiárido, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae de Pernambuco) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Durante o evento o coordenador da Fenagri 2014, Newton Matsumoto, destacou o diferencial desta edição que abrange diferentes seguimentos da fruticultura irrigada. “Nós estamos fazendo os minicursos do IF-Sertão com o processamento de frutas, que seria a introdução à agroindústria, trazendo a Vigilância Sanitária com o Selo de Inspeção Municipal para que o pequeno agricultor possa começar o seu negócio. Também contamos com a presença do Senai, importante para as práticas laboratoriais e o Sebrae que é parceiro dos empreendedores com cursos, treinamentos e empreendedorismo. E também estamos trazendo para a feira 40 estandes da agricultura familiar”, citou.
Um dos parceiros da feira é o Sebrae que, responsável pelas rodadas de negócios. Na ocasião o superintendente do órgão em Pernambuco, Roberto Castelo Branco, destacou a importância da comercialização dos produtos. “Não adianta ter um produto de qualidade, que é reconhecido pelas suas características e valorizado, se a comercialização não é feita de uma forma eficaz", afirmou.
Fenagri 2014 terá uma rodada de negócios internacional. De acordo com Castelo Branco, neste ano compradores do Canadá, Espanha, Alemanha, Estados Unidos e da Rússia, além de 14 compradores nacionais, participam das negociações intermediadas durante a feira. “Expectativa de negócios é de mais de R$ 16 milhões”, garantiu o superintendente.
Considerada o maior evento de fruticultura irrigada da América Latina, a feira acontece até o próximo sábado (31). Na área de 12 mil metros quadrados estão montados os estandes que ficarão expostos à visitação gratuita, das 18h às 23h.


Fonte: G1.com 

Embrapa apresenta sensores de baixo custo para irrigação

Tecnologias são apresentados na maior exposição de horticultura da América Latina, em Holambra (SP), a partir desta quarta (28).

A Embrapa apresentará tecnologias de baixo custo para irrigação durante a 21ª edição da Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec). O evento acontece a partir desta quarta-feira (28), em Holambra (SP).
Considerados de baixo custo, Sensores desenvolvidos pela Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) já estão em fase de desenvolvimento por quatro empresas, três nacionais – Tecnicer, Acqua Vita e Hidrosense – e uma internacional, a americana Irrometer. Conhecidas como Sensor de Diedro, Sensor de IG e Turgormeter, as tecnologias representam um avanço no manejo e controle da irrigação, seja no âmbito doméstico ou em campo.
As tecnologias estarão no estande da Embrapa, entre 28 e 30 de maio, período em que se espera que 26 mil visitantes circulem pelo Pavilhão de Exposição da Expoflora para conhecer as últimas novidades do setor, focadas principalmente em tecnologia agrícola, produtividade e meio ambiente. A expectativa é que o evento gere negócios da ordem de R$ 100 milhões.
Para o pesquisador Adonai Gimenez Calbo, responsável pelo desenvolvimento das tecnologias, o uso de sensores de água para manejo ou controle automático de irrigação é muito importante para melhorar a qualidade, a produtividade e também para prevenir o desperdício de água e doenças de solo.
A Embrapa Instrumentação trabalha para intensificar as pesquisas orientadas para saltos de produtividade, melhoria da qualidade e aumento do valor agregado de produtos com vistas à competitividade e sustentabilidade da agricultura, levando em conta as características de cada bioma. A Instituição visa também desenvolver metodologias que permitam detectar, avaliar e mitigar riscos ambientais e biológicos, contestar barreiras técnicas e subsidiar a formulação de políticas públicas.


Fonte: Portal Brasil

Agricultores familiares de perímetros da Codevasf são beneficiados por programa da Conab

Mais de 800 famílias dos perímetros irrigados Gorutuba e Jaíba, implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) nos municípios de Janaúba e Jaíba/Matias Cardoso, em Minas Gerais, estão sendo beneficiados pelo programa Compra com Doação Simultânea, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O trabalho vem sendo realizado em parceria pelas duas companhias de desenvolvimento do governo federal e vem influenciando positivamente a vida de agricultores familiares do Vale do São Francisco em Minas.
A comercialização de produtos agrícolas é um gargalo para a agricultura no geral e principalmente para a agricultura familiar. Uma excelente alternativa de comercialização para os agricultores familiares é o mercado institucional, destacando-se a compra com doação simultânea, uma das modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com recursos do governo federal repassados por meio da Conab.
A compra com a doação simultânea, na qual o governo federal adquire alimentos de agricultores familiares e doa para famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional, tornou-se uma garantia de comercialização de parte da produção desses agricultores. Ela permite que seja comercializada praticamente toda a diversidade produzida pela agricultura familiar, desde produtos in natura das lavouras, pomares comerciais e domésticos, assim como os processados (massas, rapadurinha, polpa de frutas).
Para ter acesso a essa política pública o agricultor deve possuir declaração de aptidão ao Pronaf. O projeto é feito por meio de associação ou cooperativa, que apresenta a proposta à Conab, contendo a relação de beneficiários fornecedores e consumidores, com toda a documentação exigida pela companhia.
Segundo Dimas Rodrigues, superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, os perímetros de irrigação Jaíba e Gorutuba foram pioneiros na implementação do programa, que teve início em 2004 graças ao convênio de assistência técnica e extensão rural (Ater), firmado entre a Codevasf e a Emater-MG. Por meio da assistência técnica, os agricultores receberam orientações quanto à necessidade de regularizarem suas organizações e receberam apoio na elaboração dos projetos, cadastramento de instituições beneficiárias consumidoras, planejamento e escalonamento da produção.
A experiência desses 10 anos de parceria deu tão certo que somente neste ano estão em execução 23 projetos, com investimento de mais de R$ 5 milhões, beneficiando diretamente mais de 4 mil associados.
Por meio da ação, os agricultores familiares dos perímetros Gorutuba e Jaíba estão vendendo parte de sua produção para a Conab, que a distribui como merenda escolar para mais de 16,5 mil alunos das escolas municipais, estaduais, Conselhos Regionais de Assistência Social (CRAS) e hospitais dos municípios mineiros de Jaíba, Itacarambi, Matias Cardoso, São Francisco, Cônego Marinho, Campo Azul, São João das Missões, Varzelândia, Manga e Nova Porteirinha, além de Malhada e Iuiu, no estado da Bahia. Outros beneficiados, mais de 23 mil pessoas, fazem parte do Banco de Alimentos do município de Janaúba.
Cada agricultor familiar pode comercializar até R$ 6,5 mil por ano, por preços de referência que são de acordo com o mercado regional, sendo considerado um preço mais justo. De acordo com a extensionista da Emater-MG, Maria Helena Gomes, um bom exemplo de que o preço praticado pela Conab compensa para o agricultor é o da mandioca: atualmente, o saco de 20 quilos está sendo comercializado no perímetro de irrigação Jaíba por R$ 6, e a Conab paga R$ 1,08 o quilo, portanto pouco mais de R$ 21 o saco, afirma Maria Helena.
Para Kelly Cristina Teodoro, analista de desenvolvimento regional da Codevasf, a história da implantação da política pública, Compra com Doação Simultânea nos perímetros de irrigação pode ser considerada exitosa, pois há dez anos permite o aumento da renda do agricultor familiar, por meio da comercialização por preços justos, além de fornecer alimentos para organizações que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Tal importância está expressa no depoimento da agricultora Cidélia da Anunciação Gomes ao afirmar que “essa parceria entre a Codevasf e a Conab é muito importante em minha vida, pois, quando apareceu aqui eu estava lutando para reabilitar meu lote, estava religando a água e a luz. A partir daí fiz o projeto através da Cooperativa dos Agricultores do Projeto Jaíba, e comecei a entregar os produtos. A minha casa era de adobe e com telha de amianto, consegui construir a casa de tijolo e cobrir com telha de barro, além de ter quitado uma dívida no banco com dinheiro que recebi desse programa, de 2012. Me ajudou bastante”, conta a agricultora, afirmando que muitos produtores tiveram o mesmo sucesso.


Fonte: Codevasf

Seminário traz novas possibilidade de cultivos para o Nordeste

Evento que começa nesta quinta, 29, em Pernambuco, apresenta, entre outras coisas, a cultura da pera como uma das alternativas para a região.

A diversificação de cultivos para os perímetros irrigados na região do Vale do São Francisco é um assunto em discussão nas organizações dos produtores, no meio acadêmico e na esfera da política agrária pública. Daí, explica o pesquisador da Embrapa Semiárido Flávio de França Souza, a atualidade do seminário sobre "Novas frutíferas para o Semiárido Irrigado", que acontece durante a realização da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), no dia 29 de maio, no auditório do Senai, em Petrolina-PE.
O evento traz para o debate os resultados de pesquisas em andamento na Embrapa Semiárido para adaptação do cultivo comercial de macieira, do pereiro e do caquizeiro no ambiente quente do Nordeste. Flávio, que é membro da Comissão Organizadora, destaca a evolução dos estudos com essas espécies, desde os dados coletados em área experimental da Embrapa àqueles registrados em testes nas áreas de produtores.
A programação de palestras do seminário expõe esta situação. Pesquisadores da Embrapa fazem palestras sobre questões relacionadas à fitossanidade, à pós-colheita e ao mercado das culturas. Ao mesmo tempo, dois produtores, que participam do projeto de pesquisa, fazem uma avaliação técnica e falam das perspectivas do cultivo do caquizeiro e macieira no Vale do São Francisco.

Pesquisas

De acordo com Flávio França, estas três culturas são apenas parte de uma pesquisa mais abrangente da Embrapa, que envolve 22 projetos (11 já em andamento) e 118 pesquisadores e técnicos de 25 instituições. Maçã, caqui, pera e ainda a ameixa e o cacau formam um grupo de culturas alternativas para as quais está prevista a definição de um sistema de produção que dê viabilidade econômica aos plantios.
Em uma segunda linha de pesquisa, o objetivo é realizar estudos com várias culturas já implantadas na região, mas que requerem ajustes que tornem mais rentáveis os plantios. Este é o caso das pesquisas com banana, goiaba, coco, acerola, tâmara, citros (tangerina, laranja, limão, mexericas e pomelos) e as anonáceas (pinha, atemoia e graviola).
"A opção por essas culturas é resultado do estreito relacionamento que temos com o setor produtivo e que nos permitiu realizar um levantamento criterioso das demandas prioritárias da fruticultura irrigada regional", afirma o pesquisador da Embrapa.
Para ele, ampliar as opções de espécies frutíferas que possuem potencial de bom retorno econômico é uma estratégia para a sustentabilidade da fruticultura no Semiárido. "A concentração do negócio agrícola irrigado no binômio ‘mangueira e videira', culturas que respondem por 65% do valor de produção anual de frutas na região, cria um quadro de vulnerabilidade para a economia local, pois suas receitas ficam muito expostas aos efeitos das crises internacionais e das oscilações cambiais".
A diversificação também atende uma demanda da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que investe na instalação de novos perímetros irrigados da região Nordeste. "Aumentar a área plantada mantendo as mesmas alternativas de cultivos poderá causar problemas na comercialização das frutas produzidas", declara Flávio.


Fonte: Portal Dia de Campo

Feira de Petrolina aponta para diversificação

Fenagri, que começa nesta quarta-feira, deve apresentar alternativas à uva e a manga, que são 90% das exportações locais.

A Expedição VEJA voltou à estrada nesta quarta-feira. Nosso ônibus deixou Petrolina (PE) às 7h20. No caminho para Sete Lagoas (MG), a próxima parada será em Irecê (BA).
Nós deixamos Petrolina no dia em que começa na cidade a 25ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri). Este é o momento do ano em que os produtores do Vale do São Francisco se reúnem para se atualizar sobre técnicas de produção e os rumos do mercado.
Em 2014, o foco da feira será a produção de frutas que ainda têm pouca presença no Vale do São Francisco, como a maçã, a pera e o figo. A intenção dos organizadores é dar aos agricultores locais a possibilidade de diversificar a produção e se integrar a outras rotas do comércio global. Hoje, 90% das exportações da região de Petrolina são de manga e uva, que são vendidas principalmente para a Europa e os Estados Unidos.
Apesar do foco na produção de frutas, a temática da feira é abrangente: da agricultura familiar ao agronegócio, além da piscicultura, da apicultura e do turismo rural. Neste ano, a feira terá 162 estandes funcionando em três dias de evento.


Fonte: Veja

Do sertão para o mundo

Sucesso internacional das frutas produzidas na região de Petrolina é resultado de investimentos em pesquisa e da união dos produtores locais.

O que trouxe a Expedição VEJA a Petrolina (PE) foi a situação peculiar da cidade pernambucana: um dos maiores polos produtores de frutas do Brasil está aqui, em pleno sertão nordestino. A região não se destaca apenas pelo grande volume cultivado no solo desfavorável da caatinga. As frutas têm qualidade suficiente para serem vendidas aos exigentes mercados da América do Norte e a Europa. Em 2013, foram 150.000 toneladas enviadas para o exterior.
Os melhoramentos obtidos por meio do cruzamentos de espécies são essenciais para assegurar as vendas para países estrangeiros. Nesse mercado, é preciso concorrer com potências como Estados Unidos e Itália. 
Os produtores do Vale do rio São Francisco percorreram um caminho tortuoso até o sucesso internacional. A primeira agrovila surgiu no final da década de 1960, por iniciativa do regime militar. As primeiras culturas implementadas foram as de tomate, cebola, goiaba e coco. Por razões diversas, nenhuma delas se consolidou. A produção de uva e manga se apresentou como a alternativa mais rentável.
Nos anos 1970 e 1980, o cultivo de novas variedades de frutas e o avanço das técnicas de irrigação permitiram um gradual aumento nos ganhos dos produtores. Mas faltava ganhar o mercado externo, o que não era a tarefa mais fácil do mundo para os pequenos e médios proprietários de terras da região.
Em 1988, veio a guinada mais importante: produtores locais se reuniram para Valexport, uma associação dedicada a abrir o comércio para as frutas do Vale do São Francisco fora do Brasil. Deu certo. Hoje, a economia de Petrolina e das cidades vizinhas é tão ligada às exportações que, aqui, os efeitos da crise internacional de 2009 foram mais fortes do que no resto do país. 
Para não perder mercado, os experimentos de novas variedades de frutas não podem parar: nos campos de testes da região de Petrolina, é possível encontrar manga com consistência de mamão e uva sabor abacaxi (a variedade com gosto de algodão doce, aliás, já está no mercado. E é saborosa).
O ciclo virtuoso trazido pela fruticultura de alta tecnologia catalisou o crescimento de Petrolina. A cidade dobrou de tamanho desde 1991. A prefeitura estima que 75% dos moradores daqui tenham vindo de fora do município. Municípios vizinhos, como Lagoa Grande (PE) e Juazeiro (BA) cresceram junto. 
Hoje, a produção de uvas sustenta até mesmo o setor turístico da economia local. A organização de passeios pelas vinícolas da região virou um negócio lucrativo.
O crescimento acelerado costuma gerar problemas de urbanização e, por vezes, impede o controle sobre a violência. Mas os moradores de Petrolina ouvidos pela equipe da Expedição VEJA não se queixam nem de uma coisa, nem de outra.
Logística – Petrolina também tem vocação para a logística. O rio São Francisco é navegável daqui até a Pirapora (MG). O aeroporto da cidade tem uma pista duas vezes mais longa do que o de Congonhas (SP), o que permite o pouso de cargueiros (um deles, aliás, embarca semanalmente para Luxemburgo levando frutas da região). A ferrovia Transnordestina, quando estiver pronta, também deve facilitar o trabalho de escoamento do que é produzido aqui. E, como o São Francisco é uma barreira natural, grande parte dos veículos de carga converge para a ponte Presidente Dutra, que liga Petrolina a Juazeiro (BA). A população de Petrolina, que já cresce duas vezes mais rápido o que a média nacional, não deve parar de se multiplicar.


Fonte: Veja

Alta na produção de perímetros da Codevasf na Bahia tem frutas como destaque

A produção dos perímetros irrigados no lado baiano do Submédio São Francisco registrou, no ano de 2013, um aumento de 17% em relação a 2012 –mesmo debaixo da severa estiagem que se abateu sobre a região Nordeste do Brasil. Os dados são da 6ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), responsável pela implantação e gestão direta de cinco perímetros irrigados, além de outros três que integram o Sistema Itaparica e são administrados em parceria com a Chesf.
“As frutas têm apresentado importância crescente no país, tanto no mercado nacional como no internacional, e o Vale do São Francisco é o responsável direto pela produção da maior parte dessas frutas durante o ano”, afirma a economista Jussara Esteves, analista em desenvolvimento regional da Unidade de Apoio à Produção da Gerência Regional de Irrigação da Codevasf em Juazeiro e mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal de Sergipe.
Em 2013, os perímetros baianos sob responsabilidade da Codevasf no Submédio São Francisco totalizaram uma área de 56 mil hectares irrigáveis, entre lotes empresariais e familiares, com uma produção estimada equivalente a R$ 345 milhões e receita líquida de aproximadamente R$ 64 milhões.
O destaque ficou com o perímetro irrigado Salitre, onde a produção passou de 35,61 mil toneladas em 2012 para 73,73 mil toneladas em 2013, um salto de 106,6% com destaque para as culturas de ciclo curto como a cebola e o melão.
“O Salitre, que foi implantado pela Codevasf no início de 2010, já possui quase 100% de ocupação de agroempreendedores incluídos na primeira etapa do perímetro, e apresenta um valor bruto de produção acumulado de R$ 88 milhões em 2013 – o que representa uma variação de 182% referente a 2012”, aponta Jussara.
Ela credita o desempenho a alguns fatores inseridos no sistema produtivo do Salitre, como a experiência dos produtores, o uso adequado de sistemas de irrigação, as tecnologias de produção e, principalmente, assistência técnica adequada e constante.
No mesmo período, no perímetro Maniçoba a produção subiu de 58,4 mil toneladas de frutas para 61,6 mil. No Tourão, o aumento foi de 5,13 mil toneladas para 6,54 mil toneladas. No Mandacaru, foram 12,83 mil toneladas em 2013 e 12,07 mil em 2012; já no perímetro Rodelas a produção foi de 65,81 mil toneladas no ano passado contra as 59,58 mil de 2012. No perímetro Glória, a produção subiu de 57,07 mil toneladas para 59,28 mil toneladas no período.
Somente os perímetros Curaçá e Pedra Branca apresentaram ligeira redução na produção em 2013 em relação a 2012: em Curaçá, devido principalmente à queda na produção de coco, a produção caiu de 62,01 mil toneladas em 2012 para 60,79 mil toneladas no ano passado; no Pedra Branca, foram 38,04 mil toneladas em 2012 e 36,25 mil toneladas um ano depois.
Jussara observa que dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,3% no ano passado, alcançando R$ 4,84 trilhões e, pela ótica da oferta, o que puxou a economia brasileira no ano passado foi a agropecuária, com expansão de 7% – a maior da série histórica, iniciada em 1996.
“Em 2012, o valor das exportações de frutas frescas foi de U$ 910 milhões – quase 50% maior que em 2011, que foi de U$ 634,5 milhões”, nota a economista. Os dados foram coletados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de um relatório feito no final de 2013, onde foram destacadas as frutas mais representativas nas exportações brasileiras em termos de valor – uva, manga, melão e banana.
“É grande a importância da agricultura irrigada no desenvolvimento regional dos municípios e para a geração de emprego e renda, além de melhorar a infraestrutura dos serviços – como hospitais, universidades, moradia e também cultura e lazer”, afirma a analista da Codevasf.


Fonte: Codevasf

Sucos de frutas serão atração em estande do perímetro Bebedouro na Fenagri

Os visitantes da 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri) poderão se refrescar do conhecido calor de Petrolina (PE), no Vale do São Francisco, degustando sucos de manga, goiaba, maracujá, acerola e umbu. Para isso, bastará dar uma passada no estande do Bebedouro, perímetro implantado e gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) onde o agricultor José Renato da Silva Cordeiro e sua mulher, Creuza, cultivam as frutas e as beneficiam na Agroindústria de Polpa de Frutas Beira Rio, criada pelo casal.
O estande dedicado ao perímetro Bebedouro, que será coordenado pela Cooperativa Agropecuária Mista de Bebedouro (Cambe), estará instalado no pavilhão da agricultura familiar da Fenagri 2014 - maior evento de agricultura irrigada da América Latina, que acontecerá de 28 a 31 de maio no Centro de Convenções Nilo Coelho, em Petrolina, e que terá a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, na abertura.
Além dos sucos, amostras de frutas in natura cultivadas por pequenos produtores no perímetro, como manga, goiaba e uva, estarão expostas no estande do Bebedouro durante a feira.
O agricultor José Renato da Silva Cordeiro é colono da segunda geração de produtores do perímetro irrigado Bebedouro, pioneiro entre os perímetros implantados pela Codevasf em Petrolina. Diferente do pai, Renato resolveu não só plantar, mas transformar o que produz, agregando valor à sua produção - espírito empreendedor que culminou com a criação, há três anos, da Agroindústria de Polpa de Frutas Beira Rio. A unidade foi erguida com recursos próprios numa área de 40 metros quadrados localizada no lote irrigado do produtor.
Para realizar o sonho da fábrica de polpa, José Renato contou com grande apoio da esposa, a agricultora Creuza Macedo Cordeiro. “Trabalhei muitos anos em lanchonetes, e via que tinha demanda para a fabricação de sucos aqui na região. Então conversei com Renato e aí nasceu a ideia da agroindústria. Liguei para algumas ex-colegas de trabalho, que foram nossas primeiras clientes”, conta Creuza.
O produtor também se preparou bastante junto com a mulher e os trabalhadores de sua área irrigada, participando de cursos e capacitações ministrados por entidades como Sebrae e Senai. Renato também teve acompanhamento da Codevasf por meio da empresa contratada para prestar assistência técnica e extensão rural (Ater) no perímetro.
“Colocamos todos os trabalhadores do lote para se capacitar também e ajudar na produção das polpas. As esposas deles também fizeram os cursos e trabalham diretamente na linha de produção”, revela Renato
A produção da fábrica ainda é de pequena escala. Hoje, a polpa fabricada nos sabores de manga, goiaba, maracujá, acerola e umbu é vendida sob encomenda ou por meio de instrumentos de compras públicas do governo federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de prefeituras, cozinhas comunitárias e o restaurante popular de Petrolina. A produção diária é de 8 mil kg de polpa, que têm validade de 1 ano e total acompanhamento nutricional. 
Na estrutura, a fábrica conta com máquinas e duas câmaras frias. A de resfriamento tem uma temperatura mantida a 4 graus e capacidade para receber até 4 mil kg de polpa. Já a de resfriamento trabalha numa temperatura de 18 graus e armazena até 5 mil kg do produto.
As embalagens são de 500 gramas e de 1 kg. O preço para a compra direta ou encomendada custa entre R$ 2,00 e R$ 4,00. A matéria prima é toda cultivada na área irrigada do produtor e de outros colonos do perímetro. “Desde que iniciei a fábrica, ninguém mais perdeu fruta aqui no Bebedouro. Compramos tudo para produzirmos as polpas”, frisa Renato.

Uva, manga e frango caipira

Além da produção de frutas e da agroindústria, Renato planta e vende uva de mesa para o mercado regional, e manga para estados como Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Na área, o produtor e a esposa criam ainda mais de 300 galinhas caipiras que são alimentadas com as sobras da matéria-prima da fábrica. 
Parte da criação de galinhas vai para abate. Outra parte é para a produção de ovos que são vendidos aos moradores do perímetro, comunidades vizinhas e cidades próximas ao Bebedouro. Em uma área onde o plantio é mais difícil, Renato aproveitou e construiu duas estruturas: uma para a criação de porcos e outra para criar peixes de espécies como tambaqui e carpa, ampliando a cadeia produtiva do lote.


Fonte: Codevasf

Região do Vale do São Francisco se destaca como polo produtor de fruticultura

Faturamento atinge cerca de R$ 2 bilhões ao ano.

Por sua região fértil, fortalecida com a irrigação, o Vale do São Francisco se tornou um importante produtor de frutos e hortaliças. A área, margeada pelo rio São Francisco nos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, com destaque para as cidades de Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco, gera um faturamento de R$ 2 bilhões ao ano, atualmente.
Nos 120 mil hectares que abrangem os perímetros irrigados da Bahia e Pernambuco, anualmente são produzidos mais de um milhão de toneladas de frutas, com destaque para uva de mesa e manga. Outras culturas também são desenvolvidas como a goiaba, coco verde, melão, melancia, acerola, maracujá, banana e outras frutas. Os perímetros irrigados são implantados e mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao Ministério da Integração Nacional.
No Vale do São Francisco, os empreendimentos de fruticultura estão distribuídos em três categorias: pequenos (com até 20 hectares) 94%; médios (acima de 20 a 50 hectares) 4%; grandes (acima de 50 hectares) 2%; onde são gerados 240.000 empregos diretos no campo, classificando o Vale como a maior região produtora dessas frutas do Brasil.
Para o secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração, Miguel Ivan, a agricultura irrigada tem contribuído para o desenvolvimento econômico e social nas regiões. “A região do Vale é uma grande produtora de frutas e observamos o crescimento da agricultura nos projetos de irrigação, principalmente com o pequeno agricultor. Esse trabalho de revitalização dos perímetros de interesse social é uma meta do programa Mais Irrigação para beneficiar os pequenos produtores familiares, incentivando a produzir de forma mais eficiente, gerando emprego, renda e qualidade de vida”, enfatiza.
O produtor Onailton Barbosa da Silva cultiva banana e goiaba em seis hectares do perímetro Salitre, localizado em Juazeiro (BA). “Na última safra de goiaba colhemos três mil caixas, de 27 kg cada – foram mais de 80 toneladas. A próxima colheita deve acontecer em meados de junho e temos expectativas de superar o último resultado, porque sempre aperfeiçoamos alguma coisa”, afirma Silva, que é casado e pai de dois filhos.
O faturamento dessas culturas gera um montante de mais de R$ 2 bilhões ao ano, sendo que R$ 440 milhões são relativos às exportações de uva e manga. “A cultura da videira de mesa reveste-se de especial importância econômica e social, para a região do Vale do São Francisco, uma vez que envolve um grande volume anual de negócios e se destaca entre as culturas irrigadas, com forte geração de empregos diretos e indiretos”, afirma o presidente do Instituto da Fruta da Bahia, Ivan Pinto.
Ainda segundo o presidente, esse quadro pode melhorar em parceria com as políticas públicas de irrigação. “Minha perspectiva é priorizar a modernização dos sistemas de irrigação, criar uma linha especial de crédito e ampliação do horário reservado para a fruticultura irrigada. Claro, que tudo isso iremos discutir com todos os envolvidos para chegarmos a um ponto em comum”, explica. 
A Codevasf coordena e mantém a infraestrutura de uso comum dos sistemas de irrigação e provê assistência técnica e treinamento aos produtores, além de ceder estrategicamente máquinas e implementos que impulsionam o desenvolvimento das áreas irrigadas. 

Perímetros envolvidos nos 120 mil hectares irrigados

Estado da Bahia com os seguintes municípios: Juazeiro, Sento Sé, Casa Nova, Curaçá, Rodelas, Glória, Paulo Afonso. 
Perímetros irrigados da Bahia: Curaçá, Maniçoba, Mandacaru, Tourão, Salitre 1ª etapa, Glória, Rodelas e Pedra Branca. 
Estado de Pernambuco com os seguintes municípios: Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Lagoa Grande, Belém do São Francisco, Petrolândia
Perímetros irrigados de Pernambuco: Nilo Coelho, Bebedouro, Apolônio Sales, Barreiros Bloco I, Barreiros Bloco II, Icó Mandantes, Fulgêncio, Brígida, Manga de Baixo.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Sistema de irrigação por pivô central atrai comitiva da Indonésia

Indonésios visitaram Uberaba para conhecer tecnologia aplicada à irrigação desenvolvida em lavouras da região. A comitiva, encabeçada pelo diretor-geral de Agricultura da Indonésia, posto com status de ministro, Sumardjo Gatot Irianto, esteve na manhã de sexta-feira na sede da empresa Valmont para conhecer as instalações, equipamentos produzidos pela indústria e o sistema de irrigação que servirá de exemplo para ser adotado no país asiático. Logo depois, a comitiva seguiu para as cidades de Patrocínio, Patos de Minas e Paracatu, onde conheceu na prática a irrigação em lavouras de café e cana-de-açúcar.
Antes da visita ao Brasil, a comitiva esteve também nos Estados Unidos, para conhecer o sistema usado pelos americanos no cultivo da soja e milho, e na Espanha, nas lavouras de hortifrútis. Já no Brasil, especificamente em Uberaba, segundo o diretor-presidente da Valmont, João Rebequi, o objetivo é conhecer a tecnologia de irrigação por uso de pivô central. “Atualmente, na Indonésia, praticamente toda produção de alimentos é feita através de irrigação por inundação na plantação de arroz. Por isso estão passando por várias empresas no mundo para conhecer as tecnologias de irrigação em diversas culturas”, explica.
Além de conhecer todo o sistema na fábrica, como são montados os equipamentos, a comitiva também foi conhecer na prática em lavouras de café nas cidades de Patrocínio e Patos de Minas e, também, nas de cana-de-açúcar, em Paracatu. A ideia do Ministério da Agricultura da Indonésia é levar essa tecnologia ao país, que, apesar de ser menor que o Brasil territorialmente, tem número de habitantes maior.
“Hoje existe uma questão fundamental na produção de alimentos. A irrigação é a única alternativa que consegue produzir mais e em menos tempo, e um dos objetivos desta visita é saber como distribuir mais alimentos com o mesmo volume territorial, utilizando o sistema de pivô central. Esta técnica permite não só garantia do recurso hídrico necessário, mas também incremento, dando a possibilidade de fazer uma segunda ou terceira safra no mesmo ano e com mais produtividade”, explica João. Ele ressalta que o Brasil foi o último país em que a comitiva passou, e agora retorna à Indonésia levando as novidades que conheceu pelos países que visitou.


Fonte: JM Online

Com reajuste da energia elétrica, aumenta custo de lavouras de arroz

Reajuste da energia elétrica já chegou a 30% em algumas regiões do RS. Especialistas dizem que produtores não têm como escapar do custo.

O reajuste no preço da energia elétrica já chegou aos 30% em algumas regiões do Rio Grande do Sul neste ano. Os produtores de arroz estão entre os mais afetados com o aumento, já que, na produção do grão, desde a secagem até o armazenamento, a utilização de luz é essencial. De acordo com a Federação de Agricultura do Estado (Farsul), apenas com os gastos de eletricidade, a estimativa é de que os custos da lavoura tenham passado de R$401 para R$522 por hectare.
A irrigação das lavouras, por exemplo, é um dos maiores consumidores de eletricidade. Para especialistas, a saída será aumentar a produtividade. Segundo cálculos do Instituto Rio-grandense de Arroz (Irga), os agricultores precisarão produzir quatro sacos de arroz a mais por hectare para cobrir a diferença.
João Luís Brondani, produtor rural da região central do estado, cultiva cerca de 80 hectares de arroz, com uma conta de luz que chega aos R$30 mil por ano. “O produtor tem que fazer malabarismo. Não pode repassar o aumento na hora da venda do grão, porque o preço é de mercado e alguém tem de pagá-lo”, afirma ele.
O engenheiro do Irga Stefan Richter explica que o produtor não tem como escapar desse custo. Estimando que cerca de 60% dos produtores gaúchos dependem de eletricidade para irrigação das lavouras, o conselho do Instituto é de agricultores procurem variedades com curto ciclo de desenvolvimento, que precisam menos de água. “Com uma lavoura que precisa menos de água, o produtor acaba utilizando menos energia e diminui seu custo de produção”, conclui.


Fonte: G1.com - RS

Agricultores de São Paulo apostam no cultivo do arroz preto

Quilo com casca sai por R$ 2, enquanto o branco é vendido por R$ 0,70. Arroz preto tem 20% mais proteína e 30% mais fibra que o arroz integral.

Agricultores de São Paulo apostam no cultivo do arroz preto, uma variedade ainda pouco conhecida e bastante procurada pela alta gastronomia. Boa parte do que é produzido acaba indo para o mercado externo.
Há 30 anos, José Francisco Ruzene caminha na propriedade em Guaratinguetá, região leste do estado de São Paulo, para cuidar de perto da lavoura de arroz. O que mudou, há nove anos, foi a cor do cultivo.
Cansado dos baixos rendimentos com o tradicional, o agulhinha, o agricultor resolveu investir no arroz preto. O quilo com casca sai por R$ 2, enquanto o branco é vendido por R$ 0,70.
O arroz preto surgiu na Ásia. Ele tem 20% a mais de proteína e 30% mais de fibra do que o arroz integral. Os grãos são mais curtos, arredondados e têm textura macia.
O tempo de produção é bem parecido com o do arroz branco, são cerca de quatro meses entre o plantio e a colheita. A principal diferença está nos procedimentos depois que o produto sai da lavoura, como o processo de secagem.
Para produzir um arroz preto bom, de qualidade, a água usada no processo é fundamental e nas propriedades do Vale do Paraíba, isso não é problema. A água vem direto da Serra da Mantiqueira.
Limpa e cristalina, ela irriga a plantação, sem qualquer tipo de produto químico. O clima também é favorável a esse tipo de arroz porque as noites são mais frescas do que os dias, o que acrescenta sabor.
Com esses cuidados, a colheita chegou a 600 toneladas esse ano e ganhou os mercados dos Estados Unidos e da França.


Fonte: G1.com - Globo Rural

Brasil pode assumir liderança mundial na agricultura

Com uma extensa dimensão territorial e maior disponibilidade de recursos hídricos, o Brasil tem grandes chances de assumir a liderança na agricultura mundial nos próximos anos. Diferentemente de nações como os Estados Unidos e a China, que são dependentes de sistemas de irrigação e já não dispõem de novas áreas para abertura agrícola, o País desfruta de condições climáticas favoráveis, que o permitem cultivar até duas safras em algumas áreas de sequeiro. 
A avaliação é de Warren Kreyzig, analista de commodities do Banco Julius Baer, que atua no Brasil por meio de participação de 80% na GPS Investimentos Financeiros e Participações SA. De acordo com ele, o déficit hídrico é a principal restrição para produção global de alimentos. "Essa restrição de água deve melhorar a perspectiva de demanda para o Brasil, que se tornará o grande provedor de alimentos do mundo", comentou Kreyzig em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Com base em um cenário de crescimento médio da economia e sem considerar eventuais ganhos de eficiência, ele projeta que o consumo mundial de água crescerá 50% até 2030, o que resultará em um déficit de aproximadamente 2,7 bilhões de metros cúbicos. O analista do banco suíço observou que a agricultura irrigada responde por cerca de 70% do consumo global de água e, dada a expansão demográfica e o aumento dos níveis de consumo, os produtores terão de competir com a indústria por recursos hídricos em países que não são favorecidos em termos de hidrografia quanto o Brasil. 
Kreyzig alertou, contudo, que o setor agropecuário brasileiro precisará de investimentos maciços para ocupar a liderança no mercado mundial. Entre os aspectos que precisam ser aprimorados, ele citou a logística de escoamento da produção. "A situação melhorou muito em relação ao ano passado e vislumbramos um bom futuro para o Brasil na agricultura", reforçou. 
Os preços mais altos das commodities agrícolas, sobretudo dos grãos, permitiu ao produtor se capitalizar a ampliar os desembolsos na lavoura. Mas o analista do Julius Baer alertou para uma redução dos lucros na safra 2014/15. No caso da soja, ele adota um viés baixista por causa da perspectiva de uma produção norte-americana recorde e da queda na demanda doméstica por ração animal em meio à disseminação da diarreia epidêmica suína. "Também esperamos cancelamentos de cargas dos EUA porque, embora tenham melhorado, as margens de esmagamento na China ainda estão negativas", justificou.
Para Kreyzig, as cotações da oleaginosa devem encerrar o ano comercial 2013/14, que vai até 31 de agosto, em torno de US$ 13 por bushel no curto prazo. Para o contrato novembro, referente à nova colheita norte-americana, ele trabalha com uma perspectiva de US$ 10,50 por bushel. 
Em relação ao milho, o analista do banco suíço citou uma tendência neutra, já que o cereal é mais vulnerável que a soja às condições climáticas. "Junho e julho são os meses mais importantes e precisamos ver como o clima se sairá", disse, apontado uma meta de US$ 4,50 por bushel para os próximos três meses. 
Quanto ao trigo, Kreyzig observou que o mundo está bem abastecido e, mesmo com problemas de seca nos EUA, os estoques tendem a permanecer em níveis confortáveis. Por isso, ele prevê que os futuros da commodity recuem para US$ 6,30 por bushel nos próximos três meses e, depois, acentuem as perdas até US$ 6 por bushel no mês seguinte.


Fonte: O Popular

O jovem Tocantins revela vocação para agronegócio

Mais jovem entre os 26 Estados brasileiros, o Tocantins já não é mais apenas um celeiro de promessas. O Estado exibe hoje uma agricultura irrigada de fazer inveja a regiões tradicionais do Centro-Oeste e Sul. E compete com produtores respeitados graças à alta qualidade de sua cana de açúcar e sua safra de soja, ganhando espaço na seara do agronegócio. Sua posição geográfica garante à região privilégios logísticos que nenhuma outra tem. Localizado no centro geográfico do país, Tocantins tem como vizinhos as regiões Nordeste e Centro-Oeste e é um dos nove Estados da região amazônica.
Cortejado por investir na irrigação e ter fartura no campo, Tocantins que ir muito além da cana de açúcar e da soja. O governo estadual, por intermédio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), quer ampliar a irrigação e implantar novos projetos revitalizando outras partes do Estado. Os recursos estão sendo alocados junto a órgãos federais e internacionais. A secretaria, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), já conseguiu R$ 100 milhões para elaboração de estudos e realização da primeira fase das obras de revitalização do projeto rio Formoso, em Formoso do Araguaia.
Os mais de 4 milhões de hectares disponíveis para irrigação abrigam seis projetos hidroagrícolas: o de São João, Manuel Alves, Sampaio, Formoso, Gurita, além do Programa de Desenvolvimento do Sudoeste do Tocantins (Prodoeste). O investimento injetado na região, nos últimos 13 anos, ultrapassa os R$ 750 milhões, dos quais 90% bancados pelo governo federal e 10% provenientes do Estado.
A colheita está sendo generosa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Tocantins produziu, em 2013, ao redor de 175 mil toneladas de frutas. No início da década de 90, foram 40 mil toneladas. O PIB, que no ano passado atingiu R$ 21,739 bilhões, deve fechar 2014 na casa dos R$ 25,718 bilhões. Em 2017, segundo Joaquim Junior, secretário do Planejamento de Tocantins, alcançará R$ 30,245 bilhões.
"Tocantins tem grande vocação para o agronegócio, principalmente devido à logística. Empresários de outras regiões e de outros países já estão percebendo este diferencial", afirma o governador Sandoval Cardoso (PSD). Segundo ele, a infraestrutura, um dos pontos sensíveis do Estado, já não é mais entrave para atrair investimentos. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação hoje são quase sete mil quilômetros de rodovias asfaltadas, além de uma rede de energia elétrica consolidada. "Temos plenas condições de atrair mais empresas e oferecer estrutura", diz Cardoso.
Na avaliação do governador, a construção da Ferrovia Norte-Sul, do Ecoporto de Praia Norte e do terminal de cargas no aeroporto de Palmas coloca Tocantins em uma posição privilegiada no setor de logística. A estimativa é que até o final do ano, o Estado contará com oito distritos industriais estruturados. De quebra, desde o dia 13 de maio deste ano, a Valec deu o sinal verde para a Ferrovia Norte-Sul começar a receber pedidos de empresas de transportes para usar a malha entre Palmas (TO) e Anápolis (GO). Desde 2008, a ferrovia já opera no trecho Tocantins e Maranhão. O novo trajeto permitirá a integração com ferrovias já existentes no país, graças ao ramal que chega a Anápolis e, de lá, segue para outros Estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Construção civil e produção de alimentos estão entre os principais ramos que alavancam a economia do Estado. Roberto Pires, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), conta que essas atividades respondem por um quarto da massa salarial paga pela indústria tocantinense. "Nosso parque industrial é formado por cerca de 3.850 unidades fabris. O crescimento no ano passado foi de 10% em comparação a 2012. Isto nos leva a crer que as atividades associadas à agroindústria ou, em termos mais abrangentes, ao agronegócio, representam mais que uma tendência, senão uma vocação econômica do Tocantins", afirma.


Fonte: Valor Econômico

Visitantes da Fenagri poderão conhecer produção agrícola e artesanal do Sistema Itaparica

Frutas in natura, artesanato feito com palha de bananeira e couro de tilápia curtido, pintura em tecido, ovos de codorna, mel, água de coco orgânico, farinha de mandioca, produtos semiprocessados a partir de inhame, cebola, cenoura, abóbora e macaxeira.
Toda a riqueza e a diversidade da produção dos perímetros irrigados do polo Juazeiro-Petrolina pertencentes ao Sistema Itaparica – geridos numa parceria entre a Chesf e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) –, estará exposta no pavilhão da agricultura familiar durante a 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), de 28 a 31 de maio no Centro de Convenções Nilo Coelho, em Petrolina (PE).
Associações e cooperativas de produtores dos perímetros Fulgêncio, Brígida, Apolônio Sales e Manga de Baixo ocuparão um estande dedicado ao Sistema Itaparica, apoiado pela Codevasf no evento.
Do Fulgêncio, por exemplo, a Cooperativa Agroindustrial do Perímetro Irrigado Fulgêncio (Peagrogêncio) e a Associação dos Produtores Agrícolas do Norte do projeto Caraíbas (APANPC) trarão exemplares dos principais produtos cultivados no perímetro - banana, goiaba e manga. O perímetro, situado em Santa Maria da Boa Vista (a 615 km de Recife), é o segundo maior produtor de banana pacovã de Pernambuco: são 2,6 mil hectares cultivados, onde são possíveis até 12 safras por ano.
Também serão expostos no estande alguns objetos feitos com a palha da bananeira e pinturas em tecido, peças de artesanato que fazem parte das ações de fomento aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) desenvolvidas junto às comunidades pela Codevasf. Para representar este trabalho, foram convidadas as integrantes da Associação das Mulheres Artesãs Arte e União e da Associação Agrícola do Perímetro Fulgêncio.
Já a Cooperativa dos Produtores Rurais do Perímetro Brígida levará para a Fenagri mostras de produtos semiprocessados como inhame, cebola, cenoura e abóbora. A Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais do Vale do São Francisco, que produz no mesmo perímetro, irá apresentar também durante a feira a macaxeira minimamente processada e a farinha.

Coco orgânico

Do perímetro Apolônio Sales, integrantes da Granja São Pedro deverão levar os ovos de codorna produzidos no local. A Amap (Associação dos Meliponicultores e Apicultores de Petrolândia) exibirá o mel produzido na região.
Além disso, os visitantes da Fenagri poderão provar água do coco orgânico produzido no Apolônio Sales. No perímetro funciona uma fábrica para envazamento de água de coco mantida por uma empresa cearense que emprega cerca de 50 pessoas da região e exporta 97% da produção. Já a Associação Café com Arte também foi convidada, e deve marcar presença com o artesanato em couro de tilápia curtido.
Goiaba, cebola e variedades de sementes serão levadas para o estande pela Associação dos Produtores de Manga de Baixo, perímetro localizado no munícipio pernambucano de Belém do São Francisco e que se destaca pela produção de goiaba: a produção anual chega a mais de 80 toneladas por ano, numa área irrigável de quase 100 hectares. 

Sistema Itaparica

O Sistema Itaparica foi criado para o assentamento de aproximadamente 10,5 mil famílias que foram relocadas com a construção, na década de 80, da Usina Hidroelétrica de Luiz Gonzaga, também conhecida como Itaparica, localizada nas proximidades do município de Petrolândia (PE).
Por meio de um convênio com a Chesf, em 1990, o governo federal determinou que a Codevasf ficasse responsável pela administração, operação e manutenção dos perímetros irrigados de Itaparica.
No estado da Bahia estão localizados três perímetros integrantes do sistema: Pedra Branca, Rodelas e Glória. Os três reúnem hoje mais de 1,3 mil famílias de pequenos agricultores irrigantes.
Em Pernambuco fazem parte do sistema os perímetros de Fulgêncio, Brígida, Icó-mandantes, Barreiras, Manga de Baixo e Apolônio Sales. Mais de 3,6 mil famílias produzem nos projetos. Estão em fase de implantação os perímetros de Barreiras e Jusante.

Irrigação é destaque

O principal objetivo da Fenagri é apoiar e promover o desenvolvimento de setores que têm como base, direta e indiretamente, a irrigação - entre eles a fruticultura, a agricultura familiar, as agroindústrias de beneficiamento da produção, apicultura, caprinovinocultura, piscicultura, produção de leite e derivados, a vitivinicultura e o turismo.
A Fenagri é considerada o maior evento de agricultura irrigada da América Latina, e promove também a realização de negócios, transferência de tecnologias e a divulgação, em todo o mundo, das potencialidades do Vale do São Francisco. A Feira vai ocupar uma área de 12 mil metros quadrados com acesso livre ao público das 18h às 23h ao longo de quatro dias.
Investidores nacionais e internacionais terão a oportunidade de conhecer o potencial do Vale do São Francisco, que serão apresentados por meio da exposição de produtos e serviços, palestras, seminários e rodadas de negócios.


Fonte: Codevasf

Estiagem obriga redução da área plantada com morangos em MG

Com a escassez de água, está difícil usar os equipamentos de irrigação. Produção de morango, no estado, deve ser 30% menor que em 2013.

No sul de Minas Gerais, a falta de chuva obrigou os agricultores a reduzir a área plantada com morango. A água está escassa e fica difícil usar os equipamentos de irrigação.
No ano passado, a área plantada em Pouso Alegre era de 360 hectares e foram produzidas 18 mil toneladas de morangos. Este ano, as lavouras encolheram para 250 hectares e com a estiagem e a falta de água, o produtor diminuiu a área plantada. A colheita do morango será menor.
Rosa Helena Dias tinha uma lavoura com 130 mil pés o ano passado, que teve prejuízo com o ácaro. Este ano, ela arrendou outra área e foi surpreendida pela estiagem. A saída foi alugar a irrigação de um vizinho, que mora a um quilômetro da lavoura. Rosa plantou menos, 80 mil pés, mas mesmo assim está conseguindo uma boa produção e um preço melhor.
Eliseu Pereira é produtor em Estiva, também no sul de Minas. Com pouca água para irrigar, ele reduziu a lavoura em 30% e ao invés dos 70 mil pés que plantou o ano passado, este ano foram 50 mil.
O produtor apostou em uma loja, onde vende o produto direto para o consumidor, mas mesmo assim, espera a chuva para poder reduzir os custos. “O preço está em média de 30% a 50% mais caro, mas precisa chover para reverter a situação dos produtores”, diz.
De acordo com a Federação de Agricultura de Minas Gerais, a produção de morango, no estado, deve chegar a 70 mil toneladas, 30% menos que no ano passado.


Fonte: G1.com - Globo Rural

Em Sergipe, irrigante melhora sua produtividade e duplica colheita de arroz

A produção no ano passado atingiu cerca de 20 mil toneladas na região.

A cultura de produção de arroz é uma das tradições da região do Baixo São Francisco sergipano. Em 2013 foram quase 20 mil toneladas produzidas nos perímetros públicos de irrigação de Propriá, Cotinguiba-Pindoba e Betume, que juntos têm uma área total de 3,6 mil hectares. A atividade proporcionou para a região a geração de cinco mil empregos diretos e indiretos, com receita bruta de R$ 10 milhões.
No perímetro de Propriá, o irrigante Lenilson Basílio de Oliveira - mais conhecido como "Pedrinho", 47 anos, casado e pai de dois filhos, relata com simplicidade e alegria sua vida na agricultura. Filho de agricultor, Lenilson conta que herdou o lote de 8 hectares do seu pai que o comprou há mais de vinte anos. "Produzo arroz, é o que se destaca na região. São duas safras por ano. Colhi a primeira em abril com 53 mil quilos e agora estou preparando a terra para próxima colheita em setembro", explica.
O irrigante afirma que a cada safra sua produção está aumentando e acredita que a próxima, em setembro, será ainda maior. "É difícil produzir duas safras por ano, a terra fica cansada, mas estamos utilizando técnicas para que isso seja possível. Técnicos nos ensinaram como preparar a terra e toda minha produção já está vendida, tem um destino certo", comemora.
O agricultor tem orgulho em falar que ele mesmo prepara a terra, com captação da água do Rio São Francisco, planta e colhe juntamente com a família e alguns empregados que contrata durante a safra. "Eu vivo disso, não tenho estudo mas sempre busco e cobro melhorias aqui no perímetro, é importante acompanhar", acrescenta. "Não tenho luxo, o que ganho eu invisto na terra, na compra de mais lotes e na escola dos meus filhos. O mais velho está estudando para ser técnico agrícola", conclui. 
Para o secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan, a agricultura irrigada tem um papel relevante na sociedade brasileira. "Muitos irrigantes em todo o Brasil dependem desse tipo de atividade para produzir alimentos e garantir o sustento familiar. Estamos trabalhando ações de implantação e revitalização de perímetros de interesse social, como o caso de Propriá que está incluído no eixo 3 do programa Mais Irrigação", afirma.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Energia solar pode reduzir custos da produção rural

A energia solar deverá ser usada para diminuir os custos de produção da agricultora irrigada na produção rural de pequenas propriedades. Esta é a perspectiva criada com alguns projetos pilotos desenvolvidos no município de Sobradinho, na Bahia, que foram citados ontem, último dia do 1º Simpósio Brasil-Alemanha de Energias Renováveis (BAER), no auditório do CTGás-ER, em Natal.
A experiência com energia renovável em comunidades rurais foi um dos temas da palestra de Almir Vieira Silva, engenheiro agrônomo, com pós-doutorado em Rastreabilidade e Gestão de Processo pela University of McGuill, no Canadá. Atualmente Diretor do Departamento de Política de Irrigação da Secretaria Nacional de Irrigação, ele destacou que a substituição da energia elétrica pela solar no bombeamento de água para perímetros irrigados, o que beneficiaria produtores que cultivam terras na agricultura familiar, pode tornar essa atividade mais rentável.
Ele lembrou que a energia elétrica representa, atualmente, 30% dos custos de produção nesse setor. Com o uso da energia renovável essa despesa pode ter uma queda significativa. Almir Silva disse que ainda não é possível quantificar os valores ou percentuais da redução, porque os projetos estão na fase piloto, mas as projeções indicam que serão reduções consideráveis.

PAC 

Segundo o diretor do Departamento de Política de Irrigação da Secretaria Nacional de Irrigação, serão garantidos investimentos para instalação de projetos de energia solar em áreas de agricultura familiar no PAC 3, como é denominada a terceira fase de implantação do Programa de Aceleração do Crescimento, a ser executado pelo Governo Federal.
O segundo dia do Simpósio Brasil-Alemanha sobre energia solar também teve palestras de José Bione de Melo Filho, Gerente da Divisão de Eficiência Energética e Desenvolvimento Tecnológico da CHESF; de Dílson Andrade de Sousa, Gestor da Unidade Planejamento da Distribuição da Cosern, e de Rubens Brandt, do Grupo Energia. Coube ao diretor Técnico Regional do Sebrae, João Hélio Cavalcanti, apresentar um panorama da capacitação empresarial para cadeia produtiva de energia renovável.


Fonte: Tribuna do Norte

Mais Irrigação investe na recuperação dos perímetros em Alagoas

Recursos destinados são da ordem de R$ 50 milhões.

Os perímetros irrigados de Boacica, em Igreja Nova, e Itiúba, em Porto Real do Colégio, localizados no semiárido alagoano, continuam recebendo ações do programa Mais Irrigação para revitalização.
Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), e executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o programa está investindo cerca de R$ 50 milhões nos dois perímetros.
De acordo com informações da Codevasf, algumas das ações em execução são para a recuperação de canais de irrigação; instalação de seis novos centros de controle de motores em estações de bombeamento; substituição de seis conjuntos motobomba das estações de bombeamento; compra de diversas máquinas; e implementos agrícolas como motoniveladora, roçadeira e caminhão munck.
Boacica e Itiúba fazem parte do eixo 3 do programa Mais Irrigação que visa ao fortalecimento da agricultura familiar e otimização dos perímetros. "A recuperação dos perímetros públicos de irrigação melhora a produtividade de forma eficiente contribuído para a geração de emprego, renda e qualidade de vida das pessoas", afirma o secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração, Miguel Ivan.


Fonte: Ministério da Integração Nacional

Gilberto Carvalho: governo reavalia política de perímetros irrigados

O governo federal está reanalisando a política de perímetros irrigados, disse hoje (19) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao discutir o caso dos moradores da Chapada do Apodi, na divisa entre o Rio Grande do Norte e Ceará. Parte das famílias da região teve as terras desapropriadas para implementação do perímetro de Santa Cruz do Apodi. No domingo (18), matéria da Agência Brasil abordou o dossiê que aponta violação de direitos das comunidades rurais em áreas próximas aos perímetros.
“O mérito da questão do Apodi está nos levando a fazer reanálise de toda a política de perímetros irrigados. É verdade que ela trouxe muitos benefícios, mas acho que de fato chegou o momento de uma rediscussão. Não fosse a resistência dos moradores e a ação forte do governo, já teria ido muito mais longe. [O projeto] já foi redesenhado duas vezes. Dentro do governo, há discussão forte quanto à sustentabilidade, viabilidade não só econômica, mas também social”, disse Carvalho.
O ministro deu as declarações em coletiva de imprensa após o encerramento do 3° Encontro Nacional de Agroecologia, que terminou nesta segunda-feira (19) em Juazeiro, na Bahia.
Mais cedo, Carvalho respondeu perguntas de agricultores. Confrontado por Francisco Edilson Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi, ele prometeu apoio. “Seguramos muita coisa e fizemos mudar o projeto original. Eu e Miguel Rossetto [ministro do Desenvolvimento Agrário] vamos a Apodi. Vocês não ficarão desamparados. Nós vamos assumir essa luta com vocês”, declarou.


Fonte: EBC - Agência Brasil

Governo vai oferecer R$ 156,1 bi no Plano Agrícola de 2014/2015

Valor é 14,7% maior que o oferecido no ano passado. Governo lança o plano nesta segunda, no Palácio do Planalto.

Foto do internet

O governo federal vai oferecer R$ 156,1 bilhões em financiamentos para produtores rurais no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/2015. O valor é 14,7% maior que o disponibilizado no ano passado. O plano foi lançado nesta segunda-feira (19) em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Agricultura, Neri Geller.
O plano abre crédito para agricultores de todo o país investirem na produção. O dinheiro pode ser usado, por exemplo, para compra de equipamentos agrícolas e melhoramento de infraestrutura nas propriedades rurais.
Assim como no ano passado, a presidente disse que, se o setor precisar de mais crédito além do disponibilizado, o governo garantirá a oferta. "Não há nenhum impedimento se o setor, como é o caso deste ano, for bem sucedido na ampliação do seu gasto, do acesso a crédito. Nós garantiremos os pleitos restantes", sustentou.
De acordo com Neri Geller, o Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 disponibilizou R$ 136 bilhões, mas deve chegar a R$ 150 bilhões, e o valor restante será garantido pelo governo. "O que demonstra que o que a presidenta prometeu está sendo cumprido. Então, se gastar tudo, pode gastar que tem mais", disse o ministro.
Dentro do Plano Agrícola, há planos específicos para determinados tipos de atividades rurais. O Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), por exemplo, irá disponibilizar R$ 16,7 bilhões para custeio, comercialização e investimento. Houve uma aumento no limite autorizado de empréstimo para custeio e para investimentos. Na edição da safra passada, os limites eram R$ 600 mil e R$ 350 mil, respectivamente. Em 2014/2015, serão liberados R$ 660 mil em crédito para custeio e R$ 400 mil para investimentos.
O governo federal pretende, ainda, instituir uma Política Nacional de Florestas Plantadas, dentro do Ministério de Agricultura e Pecuária. A ideia é estimular o setor com recursos para pesquisas, assistência técnica e extensão rural, além de crédito específico para o setor.
Já para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) estão previstos R$ 700 milhões, o suficiente para atender 10 milhões de hectares e mais de 80 mil produtores, segundo o governo.
Para aumentar a oferta de carne, o plano dará mais incentivos aos pecuaristas, tais como o financiamento ações para engorda de animais e para a aquisição de matrizes e reprodutores.
Também haverá incentivos para a inovação tecnológica no campo. O governo quer aperfeiçoar as condições de financiamento à avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hortigranjeiros e pecuária de leite por meio do programa Inovagro. Está reservado para este fim R$ 1,7 bilhão, um aumento de 70% em relação à safra anterior, sendo R$ 1 milhão por produtor, para ser pago em até 10 anos.

Juros

A taxa de juros média do plano ficou em um ponto percentual acima da taxa média da safra passada e da anterior. Enquanto nos dois últimos planos a taxa ficou em 5,5%, para a safra 2014/2015, ela será de 6,5%.
"A taxa de juros em alguns programas aumentou em um ponto percentual, mas nada comparado à taxa Selic que aumentou de 7,5% para 11%. Então os programas, mesmo com 1% a mais, ficaram melhores do que no ano passado", disse o ministro Neri Geller.
Sobre o assunto, a presidente Dilma Rousseff disse que as taxas foram "quase integralmente preservadas" e comparou os números com as taxas praticada no ano anterior ao que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo. Segundo ela, na época, chegavam a 10,75% em algumas linhas de crédito.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, do total disponibilizado, R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos praticados no mercado. "Juros controlados é a realidade que viabiliza as políticas de custeio e de investimento para o setor", justificou Dilma Rousseff.
As taxas mais baixas são para armazenagem, irrigação e inovação tecnológica, serão de 4%. Já na armazenagem para cerealistas e para práticas sustentáveis, as taxas de juros serão de 5%. Para o financiamento de médios produtores a taxa será de 5,5%. Para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, os juros variam entre 4,5% e 6%.


Fonte: G1.com - Economia

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