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Perímetros mineiros da Codevasf registram aumento de produção e de receita

Os perímetros de irrigação geridos pela Companhia de Desenvolvimento do Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Minas Gerais registraram no ano passado um aumento de 10 mil toneladas produzidas de frutas e grãos em relação ao ano anterior, mesmo em meio à estiagem prolongada. O resultado integra o relatório de 2014 da 1ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Montes Claros.
“Apesar da redução da área cultivada, em razão da escassez de água nos rios e córregos da região, houve aumento da produção, que saiu de 241 mil toneladas em 2013 para 251 mil toneladas em 2014”, afirma o superintendente Dimas Rodrigues. São 2.809 famílias de agricultores instaladas nos perímetros Jaíba, Gorutuba, Pirapora e Lagoa Grande, todos no Norte de Minas e boa parte em região de semiárido.
A receita global também aumentou, passando de R$ 264 milhões em 2013 para R$ 277 milhões em 2014. O destaque ficou por conta dos perímetros Lagoa Grande e Pirapora que, apesar de terem diminuído as áreas cultivadas em 2014, tiveram um aumento na receita da ordem de 60% e 17%, respectivamente, e apostaram em assistência técnica especialmente para a fruticultura.
“Aqui no perímetro, nós não tivemos problema com a falta de água durante a estiagem”, atesta o agricultor João Aparecido de Sousa, que cultiva limão, banana e maracujá em quatro lotes que totalizam 20 hectares no projeto Jaíba. “Embora o nível do rio esteja baixo, a Codevasf realizou um processo de desassoreamento que ajudou a não faltar água. Eu acredito que, por isso, os resultados da minha safra não sofreram com a estiagem”, conta ele, que se diz animado para as próximas safras. “Apesar da crise, eu tenho a expectativa de que os valores das frutas permaneçam bons, para que eu possa ampliar meus negócios”, afirma.
“A gente tem mantido a produção, mesmo com a redução do fornecimento de água”, confirma o agricultor Renato Rodrigues, que produz banana-prata no perímetro Gorutuba. “Fizemos uma aplicação de tecnologia diferente, que nos permitiu manter a produção nos últimos dois anos. Tivemos que nos adequar ao fornecimento, reduzindo 30% da área e mantendo o investimento da área maior”, conta.
Para Dimas Rodrigues, o desempenho dos irrigantes mineiros diante de uma situação que se apresentava bastante crítica reflete a visão empreendedora de agricultores que aprenderam a conviver com os sucessivos períodos de estiagem. Na opinião do superintendente, o agricultor aprendeu a lidar com situações difíceis. “Em 2014, a saída encontrada pelos irrigantes, principalmente os mais de 2.320 que atuam nos perímetros Jaíba e Gorutuba, foi a busca pelo aumento da produtividade e por melhores preços para suas produções”, observa.
O engenheiro agrônomo da Codevasf Paulo Carvalho, responsável pelo acompanhamento da agricultura irrigada nos perímetros da Codevasf em Minas, disse que, entre as razões que levaram ao resultado está a melhoria na eficiência da irrigação, com ênfase na fruticultura, notadamente nas produções da banana, limão, manga e mamão, todas com cultivos permanentes nos quatro perímetros irrigados.

Produção familiar se destaca

Os 25 perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) situados na bacia hidrográfica do rio São Francisco alcançaram R$ 1,67 bilhão em valor bruto de produção no ano de 2014. Cerca de 40% desse desempenho correspondeu a produção de caráter familiar. Juntos, os perímetros produziram 2,62 milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas. Estima-se que os perímetros mantiveram 76.692 empregos diretos e 115.038 empregos indiretos. Os dados fazem parte de balanço realizado pela diretoria da Área de Irrigação da Companhia.
Os projetos de irrigação da Companhia localizam-se nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A empresa também administra outros dez perímetros de caráter exclusivamente familiar implantados pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) na década de 1990 para compensar famílias que residiam na área onde se formou o lago da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga (PE) – estes são identificados conjuntamente como Sistema Itaparica.


Fonte: Codevasf

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