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Os cuidados em um projeto de irrigação

Seca. O que era impensável no país com a maior reserva de água doce do planeta, está acontecendo. Mau uso da água, desmatamento e poluição estão provocando crises nos abastecimentos e fazendo com que o clima fique meio “bagunçado”. Rios e represas estão diminuindo, a chuva vem de vez em quando e, quando vem, cai de uma vez só, provocando inundações constantes. Estou falando da região sudeste, mais especificamente de São Paulo, mas este cenário está muito próximo do que poderemos ter aqui muito breve.
Quando esses períodos de seca se estabelecem, pensamos logo na instalação de um sistema de irrigação para manter nossas pastagens, nossas árvores. Tenho uma pequena criação de ovelhas a pasto, então sei bem o que é o desespero quando a chuva não vem. Só que projetos de irrigação, como o título diz, são verdadeiros “projetos”. Existe toda uma engenharia por trás que deve ser estudada e consultada antes de sairmos comprando aspersores e instalando bombas.

O melhor tipo de irrigação

Primeiro, temos que levar em conta as espécies que serão irrigadas: pastagem, plantas anuais, hortaliças, árvores frutíferas. Conhecer bem a espécie e saber o quanto ela perde de água diariamente é fundamental para um bom projeto. É preciso, também, saber as características do terreno a ser irrigado: desníveis, dimensões, acesso à água, tamanho do reservatório de água. Todos esses dados serão utilizados para se determinar qual o melhor tipo de irrigação a ser utilizado e os custos envolvidos com a instalação e a manutenção do sistema.
Um ponto importante do projeto de irrigação é saber quando o sistema deve ser ligado e quanto de água deverá ser irrigada naquele dia. Muitos pensam que a irrigação pode ser feito “no olho”. É um grave erro, pois se colocarmos menos água do que o necessário, não estaremos otimizando o sistema; se colocarmos água demais, os custos financeiro e ambiental poderão ser muito grandes. Em projetos corretos, um tanque classe A e uma estação pluviométrica são instalados para ver o quanto evaporou e o quanto choveu, dados utilizados no cálculo de quanto se deve irrigar.

Custo de manutenção

Quando falamos de custo de manutenção, devemos lembrar que, às vezes, a água sai “de graça” por causa de um rio, uma lagoa ou um açude próximo da propriedade. Mas o custo com a energia é que pode assustar. Devemos pensar agora num cenário nacional: se falta chuva, queremos irrigar. Mas também falta água nas represas, que produzem energia barata no nosso país. Se falta energia das hidrelétricas, começa-se a produzir energia com outras fontes, como carvão e óleo, muito mais caras. Logo, quando querermos irrigar é, provavelmente, a época em que a energia está mais cara. Por isso, utilizar o sistema somente o necessário é garantia de diminuição de custo.
Como vimos, montar um sistema de irrigação que trabalhe corretamente não é fácil. Por isso, existem engenheiros especialistas nesta área. Começar direito sempre aumenta as chances de sucesso.


Fonte: Irrigação.net

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